O inferno existe!

O inferno existe!


Achei muito interessante esta publicação que compartilho

Devemos sempre meditar sobre a existencia do inferno.




O juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos, Antonin Scalia, disse acreditar no inferno e no diabo, e as pessoas zombaram dele. Mas os partidários de Scalia são muito mais importantes que seu críticos: além de serem maioria no país, tanto Jesus, o Filho de Deus, como o seu Vigário, o Papa Francisco, falam constantemente do inferno em seus ensinamentos.

O inferno é real e, para os católicos, sua existência é um dogma. O Concílio de Florença estabeleceu, em 1439, que “as almas dos que morrem em pecado mortal atual, ou somente no pecado original, descem rapidamente ao inferno”.

Por ser um lugar no qual estão somente aqueles que morreram, os vivos não têm acesso a ele – pelo menos em circunstâncias normais. No entanto, muitos santos, ao longo da história da Igreja, afirmaram ter vivido experiências místicas do inferno e as descreveram.

A seguir, detalharemos três destas descrições.

Cabe recordar que o Catecismo da Igreja Católica afirma claramente que o papel das revelações privadas não é “melhorar” ou “completar” o depósito da fé, mas “ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica”.

O relato destas visões servem para ajudar as pessoas a levar mais a sério a realidade do reino eterno dos condenados. Duas das visões que apresentamos são do século XX.

Densa escuridão: Santa Teresa de Ávila

A grande santa do século XVI, Teresa de Ávila, foi uma religiosa e teóloga carmelita. Está na lista dos 35 doutores da Igreja. Seu livro “Castelo Interior” é considerado um dos textos mais importantes sobre a vida espiritual. Em sua autobiografia, a santa também descreve uma visão do inferno que Deus lhe concedeu, segundo ela, para ajudá-la a afastar-se dos seus pecados.

“A entrada pareceu-me semelhante a uma passagem estreita muito longa, como um forno baixo, escuro e constrangido; o chão pareceu-me consistir em água lamacenta, muito suja e de muito mau cheiro, com muitos parasitas e vermes imundos. No fim, havia um nicho na parede ao jeito de um pequeno armário; aí achei-me metida em muito estreito lugar. Tudo isso era nada, em comparação com que eu sentia: isto que eu descrevo está só mal expresso.”

“O que senti, parece-me que não posso nem começar a exprimi-lo; nem pode ser entendido. Experimentei um fogo na alma, que eu não sei como descrevê-lo. As dores corpóreas tão insuportáveis, que embora as tenho sofrido penosas nesta vida e que, de acordo com o que os médicos dizem, das piores que podem ser sofridas na terra, pois todos os meus nervos estavam contraídos quando fiquei paralisada, e com mais muitos outros sofrimentos de muitas espécies que eu suportei, e ainda alguns, como disse, causados pelos demônios, todos estes eram nada em comparação com os que eu experimentei lá, e saber que haviam de ser sem fim e sem jamais cessar.”

“Isto não era nada, porém, em comparação com o agoniar da alma: um apertamento, um afogamento, uma aflição tão agudamente sentida e com tal desesperada e afligida infelicidade que atormenta, que eu não sei como exprimir; porque parece estar-se sempre arrancando a alma que se rasga em pedaços.”

“O fato é que não sei como dar uma descrição suficientemente poderosa daquele fogo interior e aquela gravíssima desesperação sobre tão dolorosos tormentos e dores. Eu não vi quem me os infligia, mas, sentia-me queimar e espedaçar, ao que me parece, e repito que o pior era aquele fogo interior e aquele desespero.”

“Estando em tão fétido lugar, tão incapaz de esperar qualquer consolação, não há onde sentar-se ou deitar-se, nem há lugar, ainda que estava eu metida nessa espécie de buraco feito na parede, porque essas paredes apertam e tudo sufoca. Não há nenhuma luz, senão todo trevas escuríssimas.”

“Depois, eu tive uma visão de coisas espantosas. De alguns vícios, o castigo. Porque não é nada o ouvi-lo dizer, nem eu ter meditado de outras vezes sobre diversos tormentos (embora poucas vezes o fizesse, pois que, por caminho de temor, não ia bem a minha alma), nem que os demônios atormentam, nem outros diferentes suplícios que tenho lido, nada é como esta pena, porque é outra coisa. Enfim, é tão diferente como a pintura o é da realidade, e o queimar-se aqui na terra é muito pouco em comparação com este fogo de lá. Eu fiquei tão aterrada, e ainda agora o estou ao escrever isto, apesar de haver já quase seis anos que de temor – parece-me, e assim é –, me falta o calor natural aqui onde estou.”

“Daqui também cobrei a grandíssima pena que me dão as almas que se condenam (destes luteranos em especial, porque já eram, pelo Batismo, membros da Igreja), e os grandes ímpetos de salvar almas, que me parece certo que, para livrar uma só de tão gravíssimos tormentos, padeceria eu muitas mortes de muito boa vontade.”

Cavernas horríveis, abismos de tormentos: Santa Maria Faustina Kowalska

Santa Maria Faustina Kowalska, conhecida como Santa Faustina, foi uma religiosa polonesa que afirmou ter tido uma série de visões que incluíam Jesus, a Eucaristia, os anjos e vários santos. Das suas visões, registradas em seu “Diário“, a Igreja recebeu a já popular devoção ao Terço da Divina Misericórdia.

Em um trecho do seu diário, no final de outubro de 1936, ela descreve sua visão do inferno:

“Hoje, conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do inferno, um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão. Tipos de tormentos que vi: o primeiro tormento que constitui o inferno é a perda de Deus; o segundo, o contínuo remorso de consciência; o terceiro, o de que esse destino já não mudará nunca; o quarto tormento, é o fogo que atravessa a alma, mas não a destrói: é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus; o quinto é a contínua escuridão, o terrível cheiro sufocante e, embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas veem-se mutuamente e veem todo o mal dos outros e o seu. O sexto é a continua companhia do demônio; o sétimo tormento é o terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias.”

“São tormentos que todos os condenados sofrem juntos. Mas não é ó fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrível e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a onipotência de Deus. Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade. Estou escrevendo por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há inferno ou que ninguém esteve lá e não sabe como é.”

“Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nos abismos para falar às almas e testemunhar que o inferno existe. Sobre isso não posso falar agora, tenho ordem de Deus para deixar isso por escrito. Os demônios tinham grande ódio contra mim, mas, por ordem de Deus, tinham de me obedecer. O que eu escrevi dá apenas uma pálida imagem das coisas que vi.”

“Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão é justamente daqueles que não acreditavam que o inferno existia. Quando voltei a mim, não podia me refazer do terror de ver como as almas sofrem terrivelmente ali e, por isso, rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores; incessantemente, peço a misericórdia de Deus para eles. ‘Ó meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nos maiores suplícios, a ter que vos ofender com o menor pecado que seja’.”

Um grande mar de fogo: Irmã Lúcia de Fátima

A irmã Lúcia não é uma santa, mas é uma das destinatárias de uma das revelações privadas mais importantes do século XX, ocorrida em Fátima (Portugal). Em 1917, ela era uma das três crianças que afirmou ter tido numerosas visões de Nossa Senhora. Ela declarou que Maria lhes mostrou uma visão do interno que ela descreveu em suas “Memórias”.

“Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, que horrorizava e fazia estremecer de pavor.”

“Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, graças à nossa boa Mãe do céu, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o céu (na primeira aparição)! Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor.”

Alguma reação? Podemos nos confiar à misericórdia de Deus em Cristo, e evitar, assim, qualquer coisa que se aproxime destas descrições, passando toda a eternidade em união com Deus no céu.

Fonte: Brantly Millegan

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